quarta-feira, 31 de outubro de 2012
"Eu não sabia, Senhor, que o mundo era tão vasto e doloroso.
E que desejando a vastidão do mundo meu coração conheceria também a vastidão da dor. Por que, Senhor Meu, permitiste que eu tentasse fugir da minha pequenez?
Por que me deste todos esses sonhos, muito maiores do que eu?"
(Caio Fernando Abreu)
terça-feira, 30 de outubro de 2012
"Mas amor não é só poesia e refrão. Amor é reconstrução. É ritmo. Pausas. Desafinos. E desafios. Demorei anos pra concordar com meu querido Cazuza: “eu quero um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida”. Antes, ao ouvir essa música, eu sempre pensava (e não dizia): porra, que tédio! Ah, Cazuza! Ele sempre soube. Paixão é para os fracos. Mas amar - ah, o amor!"
(Fernanda Mello)
"Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem pra isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor – até que venha a próxima, normais que somos."
(Martha Medeiros)
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
"Eu preciso muito deixar acontecer o momento da renovação, trocar de pele, mudar de cor. Tenho sentido necessidades do novo, não importa o quê, mais que seja novo, nem que sejam os problemas. Preciso deixar a casa vazia para receber a nova mobília. Fazer a faxina da mente, da alma, do corpo e do coração. Demolir as ruínas e construir qualquer coisa nova, quem sabe um castelo.”
(Caio Fernando Abreu)
"Só agora eu sinto que as minhas asas eram maiores que as dele, e que ele se contentava com os ares baixos; eu queria grandes espaços, amplitudes azuis onde meus olhos pudessem se perder e meu corpo pudesse se espojar sem medo nenhum. Queria e quero ainda. Voar junto com alguém, não sozinha.”
(Caio Fernando Abreu)
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
"Que esta minha paz e este meu amado silêncio não iludam a ninguém. Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta. Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios. Acho-me relativamente feliz. Porque nada de exterior me acontece... Mas, em mim, na minha alma, pressinto que vou ter um terremoto!"
(Mario Quintana)
"Olho para trás e vejo aquela menina que queria entender tudo,
com medo de que não coubesse tamanha quantidade
de informação dentro de si. Coube e ainda cabe.
E quanto mais entra, mais sobra espaço para a dúvida.
Compreendo hoje que nunca entenderei a morte, os sonhos,
a sensação de dejá-vu e as premonições.
Nunca entenderei por que temos empatia com uma pessoa
e nenhuma com outra.
Não entendo como o mar não cansa, nem o sol.
Não compreendo a maldade, ainda que a bondade excessiva também me bote medo."
(Martha Medeiros)
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
"Eu sou intensa. E vou morrer assim.
Por mais que eu tente puxar o freio de mão, as emoções me dominam e pulam de dentro de mim desesperadamente.
Por isso, sou a favor do amor, da verdade, da vontade.
Não sou a favor da traição e da mentira.
Procuro fazer o bem e ficar em paz com minha consciência e meu coração, mas de vez em quando cometo deslizes humanos."
(Clarissa Corrêa)
"(...)Desassossegados do mundo correm atrás da felicidade possível, e uma vez alcançado seu quinhão, não sossegam: saem atrás da felicidade improvável, aquela que se promete constante, aquela que ninguém nunca viu, e por isso sua raridade.
Desassossegados amam com atropelo, cultivam fantasias irreais de amores sublimes, fartos e eternos, são sabidamente apressa
Desassossegados amam com atropelo, cultivam fantasias irreais de amores sublimes, fartos e eternos, são sabidamente apressa
dos, cheios de ânsias e desejos, amam muito mais do que necessitam e recebem muito menos amor do que planejavam.
Desassossegados pensam acordados e dormindo, pensam falando e escutando, pensam antes de concordar e, quando discordam, pensam que pensam melhor, e pensam com clareza uns dias e com a mente turva em outros, e pensam tanto que pensam que descansam.
Desassossegados não podem mais ver telejornal que choram, não podem sair mais às ruas que temem, não podem aceitar tanta gente crua habitando as pirâmides e tanta gente cozida em filas, em madrugadas e no silêncio dos bueiros.
Desassossegados têm insônia e são gentis, lhes incomodam as verdades imutáveis, riem quando bebem, não enjoam, mas ficam tontos com tanta idéia solta, com tamanha esquizofrenia, não se acomodam em rede, leito, lamentam a falta que faz uma paz inconsciente. Dessa raça somos todos, eu sou, só sossego quando me aceito." (Martha Medeiros)
Desassossegados pensam acordados e dormindo, pensam falando e escutando, pensam antes de concordar e, quando discordam, pensam que pensam melhor, e pensam com clareza uns dias e com a mente turva em outros, e pensam tanto que pensam que descansam.
Desassossegados não podem mais ver telejornal que choram, não podem sair mais às ruas que temem, não podem aceitar tanta gente crua habitando as pirâmides e tanta gente cozida em filas, em madrugadas e no silêncio dos bueiros.
Desassossegados têm insônia e são gentis, lhes incomodam as verdades imutáveis, riem quando bebem, não enjoam, mas ficam tontos com tanta idéia solta, com tamanha esquizofrenia, não se acomodam em rede, leito, lamentam a falta que faz uma paz inconsciente. Dessa raça somos todos, eu sou, só sossego quando me aceito." (Martha Medeiros)
"-Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui? disse Alice.
-Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
-Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice.
-Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato.”
(Lewis Carroll - In: Alice no País das Maravilhas)
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
"Eu tenho milhares de erros. Mas quer saber? Um dos meus melhores acertos foi sempre acreditar. Sim, acreditar. Na vida, nos meus sonhos, em mim, em dias bonitos, em finais felizes, em anjos, em tudo que faz meu coração acalmar. Quem diz que tudo que eu acredito não existe, pra mim é burro. Um completo burro, ignorante e que não sabe nada da vida."
(Clarissa Corrêa)
terça-feira, 23 de outubro de 2012
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
"Não estou vivendo perigosamente. Troquei o perigosamente, pelo intensamente, inconsequentemente, apaixonadamente. Não há perigo. Perigoso é a gente se aprisionar no que nos ensinaram como certo e nunca mais se libertar, correndo o risco de não saber mais viver sem um manual de instruções."
(Martha Medeiros)
domingo, 21 de outubro de 2012
sábado, 20 de outubro de 2012
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
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